terça-feira, 17 de outubro de 2017

A universalidade da salvação.


Os textos de hoje servem para refletirmos sobre um aspecto importante da nossa doutrina que repetimos todos os domingos no credo apostólico ao dizermos: "Creio na Santa Igreja Católica".

Quando falamos em Igreja Católica, não estamos nos referindo aos nossos irmãos da Igreja Católica Apostólica Romana e nem a sua instituição. A Igreja Católica, ou a tradução Igreja Universal (sem nada ter a ver com a instituição Igreja Universal do Reino de Deus), nada mais é que a Igreja toda, toda a Igreja Cristã, sendo cada instituição uma pequena parte da Igreja de Cristo.

A catolicidade da Igreja se apresenta no fato dela ser aberta a todos, não sendo uma religião exclusiva para um determinado povo, uma determinada cultura e menos ainda é uniforme, pois justamente por ela ser aberta a todos os povos, culturas e épocas, não precisa ser igual nos ritos, cerimônias e formas em todos os locais.

Porém, isso não quer dizer que não há critérios para pertencer a Igreja. Diferentemente da Antiga Aliança, na qual o critério para fazer parte de Israel era a hereditariedade, porém na Nova Aliança, somos feitos parte da Nova Israel através do novo nascimento da água e do espírito.



Mesmo na antiga promessa, vemos já um sinal dessa universalidade que se consumou em Cristo Jesus, quando no texto de hoje do Gênesis lemos Deus falando para Abraão que abençoaria todos os povos do mundo através dele. Ou seja, não estava restrito aos seus descendentes por sangue.

São Paulo, na carta aos Romanos, justamente endossa esse entendimento ao lembrar que até Abraão não foi aceito por Deus pelos próprios méritos e sim pela Graça e amor de Deus. Abraão era um homem com inúmeras falhas e limitações, e nem por isso escapou do amor de Deus.

No Evangelho, Jesus fala com Nicodemos sobre a missão de salvação do Filho de Deus para todos os povos. É interessante pois Jesus fala que o vento/Espírito sopra onde quer e repreende Nicodemos por, mesmo sedo um mestre da lei, não conseguir compreender esta verdade. É interessante pois ao dizer que para ser salvo é necessário ser nascido do Espírito e que o Espírito sopra onde quer, logo ninguém pode ser dono da salvação. Não é ser anglicano, ser presbiteriano ou batista que te salva, mas nascer de novo e só nascemos de novo através do amor e da graça de Deus, não através de um determinado mérito nosso ou da filiação institucional.

O Espírito está agindo onde menos esperamos e podemos receber correções/ensinamentos de quem menos esperamos, se o Espírito tiver tocado naquela pessoa.

Deus nos salva, nos abençoa e deseja que sejamos benção para outros, tal com Abraão que foi abençoado para abençoar. Precisamos nascer novamente, nascer do Espírito. Apesar de não podermos controlar quem vai ou não nascer do Espírito, quem nasce novamente deve buscar manifestar esse novo nascimento em obras que sejam benção para o mundo.

Que Deus nos faça nascer do Espírito e ser benção para todos os povos Cristo, Nosso Senhor e Salvador, no poder do Espírito Santo. Amém.

Morôni Azevedo de Vasconcellos

Gênesis 12:1-4a
Salmo 121
Romanos 4:1-5, 13-17
João 3:1-17

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A maldade humana

Os tempos estão difíceis e ninguém nos enganou de que seriam fáceis. A maldade humana está por todos os lados, nos políticos corruptos, nos discursos de ódio, nos atentados terroristas, no queimar crianças e funcionários de uma creche, na violência urbana.

Jesus chorou e ainda chora ao ver a depravação humana. Deus se incomoda com o pecado do mundo não por ele "ferir o ego de um ser majestoso", mas por saber que o salário do pecado é a morte, saber que o resultado do pecado é ruim para os próprios seres humanos. São eles que sangram nos atentados e nos hospitais sem médicos, são eles que queimam nas creches, são eles que estão nas ruas morrendo de fome e frio, que estão sendo expulsos de casa por puro preconceito e incompreensão.

Um místico luterano (Jacob Boehme) dizia que Lúcifer incentivava o pecado como inveja, ele havia se desgraçado e portanto queria fazer outros sentirem o mesmo mal que ele sofreu por sua culpa. O mal, o pecado, não é bom para a própria humanidade. Tudo correria muito bem se as pessoas seguissem os caminhos do Senhor, que ele não demarcou por vaidade e sim por ser o melhor para todos. Se todos seguissem o mandamento do amor, então veríamos os reinos da terra serem transformados nos reinos do céu.

Jesus chorou, mas não desistiu e suportou de tudo, inclusive a dura e infamante cruz que lhe impuseram os maus. Sim, pois só perseverando é que alcançamos a ressurreição.

Oremos por Janaúba, por Las Vegas e por todo o mundo. Afinal, onde houver sofrimento causado pela maldade, lá estarão as lágrimas de Cristo. Que Deus receba nos braços amorosos da sua graça as vítimas que e foram, que derrame o seu Espírito Santo para auxiliar na recuperação das que ficaram e no consolo deles e dos entes queridos de todos e o Cristo que silenciou a tempestade, também silencie os gritos dos maus, acalme os corações, mude a tenebrosa tempestade interior em bonança pela conversão total do ser humano. Amém!

Morôni Azevedo de Vasconcellos

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Entrevista sobre Jacob Boehme

Entrevista realizada pelo programa da AMORC-GLP (Presença & Harmonia), recomendamos por ser bastante instrutivo: