O misticismo é uma palavra freqüentemente incompreendida. Muitas vezes, ele está associado ao que é misterioso, estranho ou fora do caminho mais conhecido. Ou foi associado com magia ou ocultismo. O dicionário Webster define como "a doutrina de que é possível alcançar a comunhão com Deus através da contemplação e do amor sem o meio da razão humana". (Integral, segunda edição).
Da mesma forma, o misticismo para os Rosacruzes é essa experiência em que alguém está ciente de sua união com Deus ou o Ser Supremo, o Absoluto. Essa é a consciência que um indivíduo alcança de sua união ou união com o reino divino ou cósmico. Isso inclui o nosso coração e contém o elemento de conhecimento ou consciência.
A experiência mística é um potencial dentro de cada ser humano. É um processo que requer disciplina e aplicação, e nem todos desejam desenvolver esse potencial dentro de si mesmos. No entanto, a história é rica com os testemunhos de grandes homens e mulheres que conseguiram articular sua experiência em obter uma relação mais próxima com o Absoluto ou a realidade última.
Os ensinamentos rosacruzes, entre outras coisas, ajudam o aluno a progredir ao longo deste caminho, fornecendo técnicas e exercícios para que se possam construir seu ser, sua consciência de nível não limitada pelos aspectos físicos ou materiais. Em outras palavras, os ensinamentos engendram um ponto de vista mais panorâmico, a imagem maior, a Grande Mente como os budistas diriam.
Os místicos são exploradores em um país diferente que não está contido nos limites da percepção sensorial ou da lógica humana. E quando o místico articula a experiência, muitas vezes o fazem através de obras de beleza, poesia, religião, filosofia ou serviço - em geral, trazendo ideais de tolerância, amor e paz.
Em outras palavras, a mística não necessariamente se isola do mundo, mas, antes tem experimentado um realidade mais elevada ou inclusiva que incorpora o que poderíamos chamar de "verdade" e aponta o caminho para o que vale a pena, bem como as avenidas humanas para expressá-lo. Ou seja, eles entendem a necessidade de aplicação prática no mundo da sua experiência.
Se quisermos experimentar a união com a Inteligência Universal ou Deus, é razoável que desejemos viver em harmonia com essa união e experiência. E viver em harmonia com a experiência e as leis inerentes nela contidas afetaria nossa direção, escolhas na vida e afetará outros. Nós viveríamos do ponto de vista místico.
O misticismo tem sido chamado de arte. Como qualquer arte, tem alguma inclinação natural ou talento para isso. Além disso, como uma arte, ela pode ser desenvolvida. Desenvolvemos isso refinando nossos pensamentos, através do crescimento na contemplação e praticando um silêncio interior. Requer disciplina, prática ou trabalho de aprendizado. Os ensinamentos rosacruzes, a este respeito, oferecem exercícios para desenvolver a intuição e o trabalho interno necessário para uma experiência mística de iluminação ou Consciência Cósmica.
O misticismo é um processo ativo. Requer concentração para direcionar a mente, silenciar o ruído e os processos intelectuais durante a meditação, por exemplo. Exige o desejo de considerar outras realidades além de nossas preocupações diárias e mundanas. Isso requer disciplina para se aplicar, mesmo que por alguns momentos por dia, ao que decidimos que é importante, ideal e vale a pena na vida humana. É preciso um esforço para evitar ser dominado pelas distrações contínuas do mundo, as demandas, as angustias e todas as competições para nossas energias.
Muitos descobriram que o processo sistemático dos ensinamentos rosacruzes é extremamente útil no processo místico, pois proporcionam as oportunidades para a prática diária, a atenção para o nosso eu interior, a direção diária do pensamento para o que mais vale a pena na vida. Ele fornece técnicas para usar e provar para nós as verdades mais elevadas como descrito por grandes místicos do passado e do presente. No entanto, como a experiência mística é uma experiência individual, os ensinamentos não ditam as definições da experiência.
Os ensinamentos rosacruzes reconhecem a singularidade de cada indivíduo e a necessidade de manter a independência intelectual. Conseqüentemente, é um sistema não dogmático. No entanto, há também uma unidade para a experiência mística, um terreno comum sobre o qual a maioria poderia concordar. Em uma ou duas palavras, isso seria paz e serenidade.
Por Ashley McFadden (Imperatrix da Ancient Rosae Crucis)
Disponível em: http://www.neue-rosenkreuzer.de/quellen/www.arcgl.org/mystics1.html
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos.
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
A Maçonaria precisa mudar ou irá morrer.
Certa vez, o bispo anglicano John Shelby Spong, escreveu um livro intitulado "Por que o cristianismo deve mudar ou morrer" como um clamor por uma renovação no pensamento cristão. Eu acredito que um clamor mais urgente ainda é necessário aos maçons.
Recentemente, encontrei engavetada aqui uma proposta de filiação na OMCE (Ordo Militiae Cruciferae Evangelicae), ordem rosacruciana e neo-templária. E fiquei pasmo ao lembrar que a taxa de registro era de R$ 36,00 e não havia contribuição mensal estipulada, eles sugeriam uma doação de aproximadamente R$ 10,00 por mês (a ser dada de forma trimestral). Então lembrei que na Ordem Martinista Britânica (BMO) o custo de iniciação era perto do R$ 50,00 para cobrir os materiais e há uma ANUIDADE de uns R$ 20,00 aproximadamente. Daí lembrei que outras ordens como a CR+C também são bem baratas e até a AMORC que muitos questionam sobre os valores pagos para uma afiliação individual está em torno de R$ 117-200 a TRIMESTRALIDADE (fora a taxa de iniciação que é um pequeno aumento na primeira trimestralidade).
Mas, qual é o motivo de eu citar todas essas ordens? Simples! Vou dar o exemplo da minha loja maçônica, que é considerada por muitos uma loja de "baixo custo". A iniciação está em torno de 3 salários mínimos (em algumas lojas o custo vai chegar aos R$ 10.000 com tranquilidade) e a MENSALIDADE é de R$ 130,00 (em algumas lojas o valor é superior ao dobro)... Nas ordens citadas (exceto BMO), os custos cobrem o envio de materiais (livros, monografias ou outros) regulares para o indivíduo, e na maçonaria? NADA! Recebeu um grau, recebe o livrinho do ritual e acabou. Então o que ocorre com todo esse rio de dinheiro que entra na Maçonaria?
Geralmente? Serve para sustentar uma estrutura e/ou burocracia demasiado pesada das potências maçônicas. Por vezes, servem para outros fins (na loja ou na potência), como por exemplo festas e outros. Raramente tem algum fundo filantrópico mais raro ainda esse dinheiro é gasto no desenvolvimento filosófico de seus membros ("Meu povo foi destruído por falta de conhecimento." Oséias 4:6a).
Alguns podem alegar que manter templos não é nada barato e realmente não é. Porém, outras ordens possuem templos com estruturas bem similares e ainda assim possuem um custo muito menor. E sabe o "pior"? Não se trata de desvio de verbas mas, uma cultura organizacional que precisa ser repensada. Lembro quando eu era de uma loja do então Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro (COMAB) e um senhor declarou publicamente que o problema da maçonaria atual era que ela estava aceitando qualquer um, pois a pessoa seria camelô e diria na proposta que era "empresário" para ser maçom e daí não ia ser uma pessoa que ia poder contribuir com custos. Lamentavelmente, esse senhor se tornou Grão-Mestre em outro momento. Não é a primeira vez, já vi isso em uma outra loja, um irmão se recursar a fazer a entrevista com um candidato por achar que o mesmo recebia muito pouco e achar que nossa loja se desvalorizava por cobrar "pouco" financeiramente. É esse tipo de pensamento tenebroso que está em muitos maçons (em maior ou menor nível) e por isso vemos um excesso de gastos que poderiam e DEVERIAM ser racionados.
Foto de uma loja maçônica no Haiti, que circulou na internet. |
Pois é, se a Maçonaria não repensar isso está condenada a morrer no Brasil. Não morrer por falta de membros, sempre haverão os dispostos a pagar tudo para se considerarem maçons (eu não sou um deles, HOJE falo que nem que eu quisesse teria dinheiro suficiente para iniciar na Maçonaria e se eu tive condições financeiras para iniciar antes, foi por ter recebido a iniciação de presente). Porém, morrer em termos de relevância na sociedade. Sim, enquanto a Maçonaria for acessível para ricos envolvidos em escândalos de corrupção (como o presidente Michel Temer) e inacessível ao trabalhador livre e de bons costumes (como reza nossas constituições), a Maçonaria estará em um estado cada vez mais deplorável.
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É necessário repensarmos os gastos exorbitantes da Maçonaria atual e mais ainda, repensarmos qual é a nossa função como construtores sociais. A Maçonaria está aí para lapidar o homem e a sociedade, para tornar feliz a humanidade ou para ostentar com os vis metais do mundo? Não foi o próprio Cristo que optou por pelos mais pobres, sendo ele mesmo pobre? Não foi o místico, tão amado por muitos de nós, Jacob Boehme que também lembrou que Deus diversas vezes restaura a verdade por meio dos despossuídos?
A Bíblia em nossos altares e sobre a qual prestamos nosso juramento diz:
"Ouçam, meus amados irmãos: não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam? Mas vocês têm desprezado o pobre. Não são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais? Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado? Se vocês de fato obedecerem à lei real encontrada na Escritura que diz: "Ame o seu próximo como a si mesmo", estarão agindo corretamente. Mas se tratarem os outros com favoritismo, estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores. Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente. Pois aquele que disse: "Não adulterarás", também disse: "Não matarás". Se você não comete adultério, mas comete assassinato, torna-se transgressor da Lei."
(Tiago 2:5-11)
Aqueles que acham que uma ordem iniciática vai bem ou mal pela condição financeira de seus membros, eu não os reconheço como irmãos e sim como profanos de avental que são indignos de fazerem parte dos ideais (e é sempre pelo ideal) da Arte Real. Vale relembrarmos o que foi dito pelo maçom e martinista Papus em seu livro "Martinismo, Martinezismo, Willermozismo e Franco-Maçonaria" (Disponibilizado gratuitamente em nossa biblioteca):
"Não solicitando a seus membros nenhuma cotização, nem direitos de entrada, não exigindo nenhum tributo regular de suas lojas ao Supremo Conselho, o Martinismo ficou fiel a seu espírito e às suas origens, fazendo da pobreza material sua primeira regra. Desse modo, pôde evitar as irritantes questões de dinheiro, causa dos desastres de certos ritos maçônicos contemporâneos; assim, Também, pôde exigir de seus membros um trabalho intelectual elevado, criando escolas, distribuindo seus graus exclusivamente através de exame, abrindo suas portas a todos os que justificarem uma riqueza intelectual ou moral, afastando os ociosos e pedantes que pensam ser alguém apenas tendo dinheiro. O Martinismo ignora a exclusão de membros pelo não pagamento de cotização, desconhece o tronco de solidariedade. Apenas seus chefes são chamados a justificar seu título, participando, segundo seus graus, do desenvolvimento geral da Ordem." (p.20)
Alguns avanços foram feitos? Certamente! Algumas potências, especialmente o Grande Oriente do Brasil, já isentam os seniores DeMolays e os universitários de taxas até os 25 anos, é um grande avanço e que merece ser lembrado, porém creio que ainda é necessário avançar ainda mais e isso seria uma pauta de extremo valor a ser adotada por algum dos candidatos ao Grão-Mestrado Geral.
Este post/apelo/manifesto/reflexão é de alguém apaixonado por nossa sublime instituição, que cresceu vendo nos maçons o exemplo a ser seguido e que teme pelo futuro desta ordem que tanto amamos. Este é o apelo: Que olhemos menos os bolsos e mais os corações, que a maçonaria limite menos pelo quanto a pessoa pode arcar com taxas e mais com a qualidade dos livros que ela anda lendo e o exemplo moral que ela é. Alguém que já havia escrito este texto e, por demorar a publicar, ouviu sobre a dificuldade de pessoas que até já foram de ordens paramaçônicas e ficaram desacreditadas na maçonaria atual pelo excesso de gastos e poucos resultados em termos de evolução no nível individual e social.
Papus, no livro já citado aqui, já havia feito esse alerta para toda a Maçonaria Regular (representada em seu texto pelo Supremo Conselho Escocês):
"Que os membros do Supremo Conselho Escocês, ao lerem estas linhas, possam refletir um pouco e sair um momento da atmosfera estreita das querelas de pessoas e das questões de dinheiro. A salvação da obra paciente se seus antepassados está em suas mãos; nosso papel deve limitar-se no lançamento do grito de alarme. Ademais, sabem disso e nada temos a lhes ensinar a esse respeito. Podemos ter plena e inteira confiança em sua clarividência e patriotismo." (p. 52).
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terça-feira, 22 de agosto de 2017
Sobre a polêmica entre maçonaria e catolicismo-romano
Algumas polêmicas costumam reaparecer com certa frequência, uma delas é a se um católico pode ou não ser maçom. A polêmica reacendeu após circularem as fotos de uma missa feita para maçons. Vamos tentar tratar deste cado de forma simples e sem paixões.
E os casos como o noticiado no inicio do post, no qual alguns padres aceitam maçons e/ou são maçons? Bom, nesse caso, vale lembrar que em uma instituição tão grande, é natural que não seja viável controlar tudo e todos. Sobre os motivos da proibição, nós temos os oficiais (que deixarei aos interessados para procurarem) e também uma constatação histórica simples: A maçonaria é um fenômeno tipicamente protestante (igual o rosacrucianismo original).
Sim, não é atoa que vemos uma próspera maçonaria (com ótimas religiões com as igrejas evangélicas/protestantes) em países como o Reino Unido, Estados Unidos e Suécia. Em países católicos (França, Portugal, Espanha, Brasil) temos maçonarias bem peculiares e que fogem do script.
Na França, por um lado, tivemos uma maçonaria extremamente esotérica (e que influenciou muito os países latinos), com forte presença e de pessoas apaixonadas pelo ocultismo/magia/etc, perfil bem similar ao da maçonaria brasileira e que gerou grandes nomes como Martinez de Pasqually, Willermoz, Louis Claude de Saint-Martin e Papus.
Por outro lado, a maçonaria dominante na França atual (e em outros países por ela influenciados) é a maçonaria irregular do Grande Oriente de França, que aboliu a necessidade da crença em Deus e transformou a maçonaria em uma instituição basicamente política, agnóstica e com fortes tendências anticlericais. Não é atoa que muitos líderes revolucionários surgiram na maçonaria desses países (antes ou depois das reformas): o anarquista-mutualista Proudhon (França), o anarquista Francisco Ferrer Guardia (Espanha), o socialista rev. Atilano Coco Martín (Espanha), ...
Enquanto essa relação com a Maçonaria nos países católicos sempre foi tensa, nos países protestantes a coisa fluiu melhor. Aliás, nesses países católicos, muitas vezes os protestantes e a Maçonaria se atraíram mutuamente. No Brasil, vemos muitas igrejas evangélicas contra a Maçonaria, algo bem diferente do que era até algumas décadas no passado. Sim, a maçonaria e as igrejas evangélicas se defendiam tão fortemente que isso levou aos maçons dominarem o alto escalão de várias igrejas (o que foi o maior erro tático que cometeram e levou ao surgimento do antimaçonismo evangélico brasileiro).
Antes de iniciarmos a discussão, precisamos entender o que é ser católico. Para começar o catolicismo não é uma igreja e sim um ramo da cristandade. No Brasil, costumamos chamar de católicos apenas os membros da Igreja Católica Apostólica Romana (aquela sob jurisdição do papado no Vaticano). Entretanto isso é um equívoco enorme:
1) Existem igrejas católicas independentes do papado, por exemplo: Veterocatólicos, alguns grupos sedevacantistas (que não reconhecem o papa como legítimo papa), Igrejas católicas nacionais (como a Igreja Católica Apostólica Brasileira) e etc. Todos são católicos, na tradição ocidental, porém não possuem qualquer relação com o Vaticano.
2) Os ortodoxos e anglicanos por vezes são considerados ramos distintos do cristianismo, por vezes são considerados como parte da grande família católica. De fato, ambos reivindicam sua catolicidade. Os ortodoxos são católicos de tradição oriental, sem vínculos com o Vaticano (católicos-romanos e ortodoxos alegam que o outro é uma cisão de si mesmo) e os anglicanismo como simultaneamente católicos e protestantes.
3) Entendendo que a palavra católica quer dizer universal, algumas igrejas protestantes não negam a sua catolicidade (luteranos, presbiterianos, morávios, metodistas).
Então, partindo desse princípio, não há problema em ser católico (no sentido amplo) e ser maçom. Porém, se formos querer saber se um católico-romano pode ser maçom a pergunta é mais complicada.
Por parte da Maçonaria não há qualquer impedimento, já que a única exigência é que a pessoa creia em Deus. Porém, a Igreja Católica Apostólica Romana proíbe e não há como discutir isso, dadas as particularidades de sua doutrina. Pode ser que isso mude um dia? Talvez, até lá continua proibido por parte do Vaticano.
Mas, um católico-romano pode muito bem ferir a doutrina de sua Igreja e enquanto não for descoberto, continuar na instituição. Não é atoa que no Brasil temos católicos-romanos maçons, tem até um grupo chamado "Católicas pelo direito de decidir" que defende o aborto (embora fontes da Igreja digam que esse grupo é não é realmente de católicas, sendo apenas uma tentativa de legitimar tal situação), ...
Como diz o famoso comentarista de futebol: "A regra é clara", entretanto não serei eu a discriminar algum maçom que seja católico. Ele que resolva os problemas dele lá com a sua instituição religiosa ou que se mude para uma instituição na qual ele não precise viver uma vida dupla (as igrejas católicas nacionais, ortodoxas, anglicanas, etc).
Em ambas as fotos, vemos o famoso escritor maçom e clérigo anglicano Rev. Neville Barker Cryer, em uma das fotos junto com outro clérigo também em trajes clericais e maçônicos simultaneamente. |
E os casos como o noticiado no inicio do post, no qual alguns padres aceitam maçons e/ou são maçons? Bom, nesse caso, vale lembrar que em uma instituição tão grande, é natural que não seja viável controlar tudo e todos. Sobre os motivos da proibição, nós temos os oficiais (que deixarei aos interessados para procurarem) e também uma constatação histórica simples: A maçonaria é um fenômeno tipicamente protestante (igual o rosacrucianismo original).
Sim, não é atoa que vemos uma próspera maçonaria (com ótimas religiões com as igrejas evangélicas/protestantes) em países como o Reino Unido, Estados Unidos e Suécia. Em países católicos (França, Portugal, Espanha, Brasil) temos maçonarias bem peculiares e que fogem do script.
Na França, por um lado, tivemos uma maçonaria extremamente esotérica (e que influenciou muito os países latinos), com forte presença e de pessoas apaixonadas pelo ocultismo/magia/etc, perfil bem similar ao da maçonaria brasileira e que gerou grandes nomes como Martinez de Pasqually, Willermoz, Louis Claude de Saint-Martin e Papus.
Por outro lado, a maçonaria dominante na França atual (e em outros países por ela influenciados) é a maçonaria irregular do Grande Oriente de França, que aboliu a necessidade da crença em Deus e transformou a maçonaria em uma instituição basicamente política, agnóstica e com fortes tendências anticlericais. Não é atoa que muitos líderes revolucionários surgiram na maçonaria desses países (antes ou depois das reformas): o anarquista-mutualista Proudhon (França), o anarquista Francisco Ferrer Guardia (Espanha), o socialista rev. Atilano Coco Martín (Espanha), ...
Foto da loja maçônica Constante Alona, na qual o Rev. Atilano Coco Martín era membro. |
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Deus existe?
Como sabemos que Deus existe? E se aceitarmos que Deus existe, então, como podemos definir Deus?
A aceitação de Deus é um requisito para o caminho da mística pela própria definição de misticismo. Ou seja, a crença de que a comunhão com Deus pode ser alcançada através do amor e da contemplação sem o meio da razão. Que Deus existe é o ponto de partida para o Místico.
A razão, por outro lado, procura definir Deus e, ao fazê-lo, as definições definem limitações para Deus. Se Deus é abstrato e desconhecível para o raciocínio mental, o próprio motivo deve mostrar que o intelecto não pode conhecer Deus como sendo exatamente isso ou aquilo. É por isso que a comunhão mística com Deus é uma questão individual, realizada de forma pessoal através do coração e livre da interferência de outra pessoa ou de suas definições.
No entanto, desde o início dos tempos, os humanos tentaram definir Deus. Uma das monografias afirma que, se Deus não existisse, inventaríamos Deus. Nós, humanos, não podemos tolerar muito o vazio ou resistir ao desespero de muito "nada". No entanto, "algo" é sentido dentro de nós, e queremos chegar a algum entendimento que seja mais compatível com nossa realização intuitiva de Deus ou que seja compatível, pelo menos, com nossa visão de mundo da vida. A tentativa de definir e entender esse sentimento ou aceitação dentro de nós de que existe algo supremo ou divino é o que torna o ser humano único.
Talvez eu não tenha informações suficientes, mas não acredito que meu gato contemple a realidade de um Ser Supremo ou questione sua relação com o grande esquema cósmico das coisas. Meu gato pode ficar chateado com uma tigela de comida vazia, mas eu duvido que ele experimente uma grande angústia sobre o significado e o valor da vida. É evidente, no entanto, que ele responde ao amor, carinho e companheirismo. Ele dá. Ele pergunta.
No entanto, temos uma longa história atrás de nós que indica nosso desejo de atribuir significado, e ilustra o desenvolvimento e a evolução de nossa tentativa de definir, explicar e preencher a desolação com amor e compreensão. Queremos chegar a algum tipo de arranjo pacífico com vida e eternidade. Portanto, temos filosofias e religiões.
No início dos estudos neófitos, existem várias monografias que descrevem as diferentes abordagens da definição de Deus, do pluralismo ao monoteísmo, deísmo, panteísmo, etc. São oferecidos como exemplos de diferentes abordagens e como diferentes culturas e tempos na história criaram definições e chegaram a termos de acordo com suas experiências e esperanças. Não são ditas aos Rosacruzes que aceitem um ou outro.
O motivo é que um dos propósitos do processo Rosacruz é que o aluno desenvolva sua própria ontologia pessoal. Nós nos esforçamos para a nossa união mística com Deus. Desenvolvemos nossa intuição e fortalecemos nosso processo de sintonização para que possamos ser receptivos a revelações espirituais ou místicas. Queremos dizer, com confiança, "O Deus do Meu Coração, o Deus da Minha Realização". Nós não dizemos: "Ao Deus em seu Coração ou sua Realização". Para a Rosacruz, é um assunto pessoal, e sendo um assunto pessoal, respeitamos as opiniões e devoções dos outros.
A delicadeza de definir Deus por padrões humanos é bem declarada por homas Hudson, e a seguir é um extrato de um dos acordos que o cita:
"Afirmo que não pode haver uma concepção mais elevada do conhecimento divino - e que não pode haver maior sabedoria do que a indicada na palavra 'onisciência', que não pode haver uma concepção mais ampla da omnipresença daquela sabedoria E esse poder do que o implícito na palavra 'onipresença', e, finalmente, que a mente humana não pode conceber nenhuma qualidade ou atributo da personalidade divina de maior promessa e potência do que o implícito nas palavras 'amor infinito e universal'. Além disso, afirmo que esta é uma concepção de imanência sem panteísmo e personalidade sem antropomorfismo. Não presume nem 'limitar' nem 'medir' os poderes e atributos de Deus, estabelecendo os do homem como um padrão de medida ".
De fato, as filosofias dos outros, presentes ou passadas, podem ser diretrizes para nós. Um Grau inteiro é dedicado aos filósofos antigos para que vejamos uma continuidade e fluxo de desenvolvimento na história do pensamento humano que se desenvolveu em filosofias como sabemos hoje.
As religiões também se desenvolveram ao longo deste fluxo. Seja uma filosofia ou uma religião, no entanto, é a busca da humanidade para entender uma realidade final, Deus ou simplesmente "do que se trata tudo isso". No entanto, na medida em que são tentativas humanas de compreensão, dogmas específicos podem ser limitados às necessidades de uma determinada sociedade, cultura e talvez até suas realidades econômicas.
No entanto, torna-se importante para nós apreciar diferentes pontos de vista; Para respeitar que as religiões baseiam suas crenças em revelações divinas transmitidas a uma pessoa santa ou escritor sagrado, e a essa religião seu sistema de crença não é puramente de natureza cognitiva. Podemos até mesmo aceitar um sistema teológico para nós mesmos, se estamos pessoalmente em sintonia com isso, e é compatível com nossas crenças pessoais. Ou, podemos optar por aceitar um sistema filosófico de natureza não-religiosa. No entanto, exigir que outra pessoa aceite o nosso conceito, em qualquer dor de castigo, do sutil ao duro, é perder de vista o fato de que eles são, afinal, nossa tentativa e desejo de entender.
Também é injusto criticar a crença pessoal de outro porque não é nosso. Uma religião é um sistema de crenças que contém certas premissas fundamentais. Essas premissas são uma questão de fé e convicção para alguns, uma questão de debate teórico para outros e inaceitável para outra pessoa. Para uma pessoa dizer, "Essa premissa é incorreta", questionável em si mesma. No entanto, para dizer: "Eu pessoalmente não posso aceitar essa premissa", está certo. A pessoa com quem você está falando pode também não aceitar suas premissas.
O fato de a história mostrar uma grande quantidade de abusos em nome de uma religião é evidente. No entanto, quando se trata disso, esses abusos foram e são aplicações econômicas e seculares de uma religião para controle lucrativo. Infelizmente, a ignorância e o fanatismo emocional são usados para o combustível, mas o pensamento real por trás das turbulências é bastante pragmático. Se não tivéssemos uma religião como desculpa para a guerra, inventariamos outra desculpa. Uma religião simplesmente se torna uma bandeira conveniente para brandir, e as pessoas de bom grado a brandem para obscurecer a verdadeira razão escondida por trás de sua retórica.
Este tipo de má aplicação e abuso não é mais lisonjeiro do que o contra-fundamentalismo que condena todos os sistemas religiosos e suas premissas fundamentais como causa de toda guerra ou como filosóficamente sofomóricos (sabedoria tola). É fácil usar a história como uma desculpa, excluindo o parágrafo de que os seres humanos lutam guerras sem uma causa religiosa, e depois acenar sua própria bandeira de "verdade" filosófica.
As aplicações erradas de qualquer sistema são uma história de um grupo da humanidade que procura poder sobre outro. Este é um problema constante nas relações humanas, seja entre países ou entre indivíduos, e continua a ser a visão mais difícil aos olhos daqueles que realmente procuram a paz na terra e boa vontade para todos.
Em seu sentido mais puro, a história das religiões ou das filosofias é uma história da humanidade que busca entender Deus. O que acreditamos ou não acreditamos não altera a verdade sobre Deus, é simplesmente a melhor maneira de entender um indivíduo ou grupo. Nossas idéias e imaginações de Deus podem evoluir e mudar em cada geração com base em diferentes necessidades e atitudes constantes. No entanto, dizer que nossas idéias em evolução são a evolução de Deus é outra questão. Por exemplo, dizer que Deus evoluiu ao longo dos séculos de um homem irritado e barbudo, medindo 2 metros e 52 centímetros, observando tudo sentado em um trono nublado em uma floresta contemporânea de árvores femininas visíveis pode indicar um golpe incomum de mudar idéias, Mas não prova necessariamente que Deus evolua.
Do mesmo modo, os seres humanos não criaram um mundo redondo. Nós tentamos mantê-lo plano em nossos conceitos por muito tempo mas, quando as pessoas não conseguiram se afastar do mundo, devemos aceitar a verdade que existia desde o início: o mundo é esférico.
Tal é a missão de descobrir Deus. Por mais que tentemos definir essa abstração incognoscível, a missão do místico no final é aceitar e comungar com Deus como Ele foi no começo e deve estar no fim. A verdade continua a ser a verdade, e nosso objetivo é tornar-se cada vez mais receptivo às revelações intuitivas da verdade, como seja possível.
Esta abordagem mística também se desenvolveu nas três religiões monoteístas mais aparentes: o islamismo, o judaísmo e o cristianismo. Essas tradições se desenvolveram, respectivamente, como sufismo, Cabala e misticismo cristão. O desenvolvimento de uma tradição mística como um desdobramento ou em conjunto com esses sistemas religiosos, talvez fosse uma tentativa de lidar com as críticas das premissas religiosas ou dogmas que levam uma pancada com as mudanças de nas idéias de cada geração.
Por Ashley McFadden (Imperatrix da Ancient Rosae Crucis - ARC) (c) 1993
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos.
Publicado em: http://www.neue-rosenkreuzer.de/quellen/www.arcgl.org/god.html
A aceitação de Deus é um requisito para o caminho da mística pela própria definição de misticismo. Ou seja, a crença de que a comunhão com Deus pode ser alcançada através do amor e da contemplação sem o meio da razão. Que Deus existe é o ponto de partida para o Místico.
A razão, por outro lado, procura definir Deus e, ao fazê-lo, as definições definem limitações para Deus. Se Deus é abstrato e desconhecível para o raciocínio mental, o próprio motivo deve mostrar que o intelecto não pode conhecer Deus como sendo exatamente isso ou aquilo. É por isso que a comunhão mística com Deus é uma questão individual, realizada de forma pessoal através do coração e livre da interferência de outra pessoa ou de suas definições.
No entanto, desde o início dos tempos, os humanos tentaram definir Deus. Uma das monografias afirma que, se Deus não existisse, inventaríamos Deus. Nós, humanos, não podemos tolerar muito o vazio ou resistir ao desespero de muito "nada". No entanto, "algo" é sentido dentro de nós, e queremos chegar a algum entendimento que seja mais compatível com nossa realização intuitiva de Deus ou que seja compatível, pelo menos, com nossa visão de mundo da vida. A tentativa de definir e entender esse sentimento ou aceitação dentro de nós de que existe algo supremo ou divino é o que torna o ser humano único.
Talvez eu não tenha informações suficientes, mas não acredito que meu gato contemple a realidade de um Ser Supremo ou questione sua relação com o grande esquema cósmico das coisas. Meu gato pode ficar chateado com uma tigela de comida vazia, mas eu duvido que ele experimente uma grande angústia sobre o significado e o valor da vida. É evidente, no entanto, que ele responde ao amor, carinho e companheirismo. Ele dá. Ele pergunta.
No entanto, temos uma longa história atrás de nós que indica nosso desejo de atribuir significado, e ilustra o desenvolvimento e a evolução de nossa tentativa de definir, explicar e preencher a desolação com amor e compreensão. Queremos chegar a algum tipo de arranjo pacífico com vida e eternidade. Portanto, temos filosofias e religiões.
No início dos estudos neófitos, existem várias monografias que descrevem as diferentes abordagens da definição de Deus, do pluralismo ao monoteísmo, deísmo, panteísmo, etc. São oferecidos como exemplos de diferentes abordagens e como diferentes culturas e tempos na história criaram definições e chegaram a termos de acordo com suas experiências e esperanças. Não são ditas aos Rosacruzes que aceitem um ou outro.
O motivo é que um dos propósitos do processo Rosacruz é que o aluno desenvolva sua própria ontologia pessoal. Nós nos esforçamos para a nossa união mística com Deus. Desenvolvemos nossa intuição e fortalecemos nosso processo de sintonização para que possamos ser receptivos a revelações espirituais ou místicas. Queremos dizer, com confiança, "O Deus do Meu Coração, o Deus da Minha Realização". Nós não dizemos: "Ao Deus em seu Coração ou sua Realização". Para a Rosacruz, é um assunto pessoal, e sendo um assunto pessoal, respeitamos as opiniões e devoções dos outros.
A delicadeza de definir Deus por padrões humanos é bem declarada por homas Hudson, e a seguir é um extrato de um dos acordos que o cita:
"Afirmo que não pode haver uma concepção mais elevada do conhecimento divino - e que não pode haver maior sabedoria do que a indicada na palavra 'onisciência', que não pode haver uma concepção mais ampla da omnipresença daquela sabedoria E esse poder do que o implícito na palavra 'onipresença', e, finalmente, que a mente humana não pode conceber nenhuma qualidade ou atributo da personalidade divina de maior promessa e potência do que o implícito nas palavras 'amor infinito e universal'. Além disso, afirmo que esta é uma concepção de imanência sem panteísmo e personalidade sem antropomorfismo. Não presume nem 'limitar' nem 'medir' os poderes e atributos de Deus, estabelecendo os do homem como um padrão de medida ".
De fato, as filosofias dos outros, presentes ou passadas, podem ser diretrizes para nós. Um Grau inteiro é dedicado aos filósofos antigos para que vejamos uma continuidade e fluxo de desenvolvimento na história do pensamento humano que se desenvolveu em filosofias como sabemos hoje.
As religiões também se desenvolveram ao longo deste fluxo. Seja uma filosofia ou uma religião, no entanto, é a busca da humanidade para entender uma realidade final, Deus ou simplesmente "do que se trata tudo isso". No entanto, na medida em que são tentativas humanas de compreensão, dogmas específicos podem ser limitados às necessidades de uma determinada sociedade, cultura e talvez até suas realidades econômicas.
No entanto, torna-se importante para nós apreciar diferentes pontos de vista; Para respeitar que as religiões baseiam suas crenças em revelações divinas transmitidas a uma pessoa santa ou escritor sagrado, e a essa religião seu sistema de crença não é puramente de natureza cognitiva. Podemos até mesmo aceitar um sistema teológico para nós mesmos, se estamos pessoalmente em sintonia com isso, e é compatível com nossas crenças pessoais. Ou, podemos optar por aceitar um sistema filosófico de natureza não-religiosa. No entanto, exigir que outra pessoa aceite o nosso conceito, em qualquer dor de castigo, do sutil ao duro, é perder de vista o fato de que eles são, afinal, nossa tentativa e desejo de entender.
Também é injusto criticar a crença pessoal de outro porque não é nosso. Uma religião é um sistema de crenças que contém certas premissas fundamentais. Essas premissas são uma questão de fé e convicção para alguns, uma questão de debate teórico para outros e inaceitável para outra pessoa. Para uma pessoa dizer, "Essa premissa é incorreta", questionável em si mesma. No entanto, para dizer: "Eu pessoalmente não posso aceitar essa premissa", está certo. A pessoa com quem você está falando pode também não aceitar suas premissas.
O fato de a história mostrar uma grande quantidade de abusos em nome de uma religião é evidente. No entanto, quando se trata disso, esses abusos foram e são aplicações econômicas e seculares de uma religião para controle lucrativo. Infelizmente, a ignorância e o fanatismo emocional são usados para o combustível, mas o pensamento real por trás das turbulências é bastante pragmático. Se não tivéssemos uma religião como desculpa para a guerra, inventariamos outra desculpa. Uma religião simplesmente se torna uma bandeira conveniente para brandir, e as pessoas de bom grado a brandem para obscurecer a verdadeira razão escondida por trás de sua retórica.
Este tipo de má aplicação e abuso não é mais lisonjeiro do que o contra-fundamentalismo que condena todos os sistemas religiosos e suas premissas fundamentais como causa de toda guerra ou como filosóficamente sofomóricos (sabedoria tola). É fácil usar a história como uma desculpa, excluindo o parágrafo de que os seres humanos lutam guerras sem uma causa religiosa, e depois acenar sua própria bandeira de "verdade" filosófica.
As aplicações erradas de qualquer sistema são uma história de um grupo da humanidade que procura poder sobre outro. Este é um problema constante nas relações humanas, seja entre países ou entre indivíduos, e continua a ser a visão mais difícil aos olhos daqueles que realmente procuram a paz na terra e boa vontade para todos.
Em seu sentido mais puro, a história das religiões ou das filosofias é uma história da humanidade que busca entender Deus. O que acreditamos ou não acreditamos não altera a verdade sobre Deus, é simplesmente a melhor maneira de entender um indivíduo ou grupo. Nossas idéias e imaginações de Deus podem evoluir e mudar em cada geração com base em diferentes necessidades e atitudes constantes. No entanto, dizer que nossas idéias em evolução são a evolução de Deus é outra questão. Por exemplo, dizer que Deus evoluiu ao longo dos séculos de um homem irritado e barbudo, medindo 2 metros e 52 centímetros, observando tudo sentado em um trono nublado em uma floresta contemporânea de árvores femininas visíveis pode indicar um golpe incomum de mudar idéias, Mas não prova necessariamente que Deus evolua.
Do mesmo modo, os seres humanos não criaram um mundo redondo. Nós tentamos mantê-lo plano em nossos conceitos por muito tempo mas, quando as pessoas não conseguiram se afastar do mundo, devemos aceitar a verdade que existia desde o início: o mundo é esférico.
Tal é a missão de descobrir Deus. Por mais que tentemos definir essa abstração incognoscível, a missão do místico no final é aceitar e comungar com Deus como Ele foi no começo e deve estar no fim. A verdade continua a ser a verdade, e nosso objetivo é tornar-se cada vez mais receptivo às revelações intuitivas da verdade, como seja possível.
Esta abordagem mística também se desenvolveu nas três religiões monoteístas mais aparentes: o islamismo, o judaísmo e o cristianismo. Essas tradições se desenvolveram, respectivamente, como sufismo, Cabala e misticismo cristão. O desenvolvimento de uma tradição mística como um desdobramento ou em conjunto com esses sistemas religiosos, talvez fosse uma tentativa de lidar com as críticas das premissas religiosas ou dogmas que levam uma pancada com as mudanças de nas idéias de cada geração.
Em outras palavras, se alguém quer criticar uma premissa em alguma religião como intelectualmente impossível e, assim, negar convenientemente todo o sistema, esse conceito pode ser melhor explicado no contexto de uma tradição mística.
Como Rosacruz, a tolerância religiosa é essencial, não só para a paz do mundo, mas também para o nosso objetivo de desenvolvimento. Dificilmente podemos ter uma comunhão não refratada com Deus - que é o Deus de tudo - mantendo a intolerância e o ódio em nossos corações. Nem podemos roubar a busca digna de outra pessoa por Deus, ao exigirmos que eles acreditem como nós. Nem podemos dizer que Deus é mensurável e tal definição exclui qualquer outro conceito. No entanto, desenvolvemos nossa própria ontologia pessoal, seja puramente de natureza mística ou intelectual, ou em conjunção com uma religião ou filosofia religiosa que melhor se unisse com essas revelações encontradas em nossos corações e que provamos a nós mesmos para ser verdade.
Nós podemos até dizer: "Eu sou um que procura conhecer Deus em meu coração. Ao demonstrar-lhe, através de minhas ações, o Amor encontrado dentro, provarei a existência do Amor e, portanto, Deus".
Por Ashley McFadden (Imperatrix da Ancient Rosae Crucis - ARC) (c) 1993
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos.
Publicado em: http://www.neue-rosenkreuzer.de/quellen/www.arcgl.org/god.html
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quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Os Rosacruzes - uma breve visão geral histórica.
A palavra Rosicruciano/a é derivada do latim, Rosae Crucis, que significa Rosa-Cruz. A Fraternidade Rosacruz não só intrigou as pessoas por séculos, mas também foi um desafio acadêmico para os historiadores. Muitas reivindicações sobre a origem dos Rosacruzes foram feitas, algumas até voltando mais de 3.000 anos para o antigo Egito ou mais tarde para os Essênios. As reivindicações para o Egito são muitas vezes baseadas em uma associação às escolas misteriosas, e muitos movimentos esotéricos se identificam com esse período de tempo também. No entanto, o Faraó Amenhotep e sua visão monoteísta de Deus que é vista como uma raiz importante do rosicrucianismo.
No entanto, a verdadeira origem, propósito e método do movimento Rosacruz é encontrado no próprio símbolo: a Rosa na Cruz. É o vermelho sobre o ouro, a purificação pelo julgamento e a rosa se desdobrando de e para.
Historicamente, a origem mais acordada, ou o avivamento significativo, da Fraternidade Rosacruz é a Alemanha do século 17 quando três manifestos foram lançados e depois publicados por uma fraternidade secreta entre 1604-1616. A herança da Rosa-Cruz pode não ter começado com os Manifestos, mas certamente a sua notoriedade.
Os dois primeiros manifestos, escritos anonimamente, foram um apelo aos educados e influentes para se unirem para o estabelecimento de uma renovação educacional, moral e científica e reforma da Europa. Uma reforma já havia ocorrido na esfera religiosa, e agora o mesmo esforço deve ser feito, apelou a Fraternidade Rosacruz, na área da ciência e do conhecimento. Esta nova iluminação elevaria a humanidade da decadência moral da Europa e causaria a humanidade, à luz do conhecimento, para entender sua relação com o universo e a diferença entre o material e o divino. Um novo amanhecer estava prestes a quebrar, eles disseram, e a Europa estava grávida, prestes a ter um filho poderoso que precisaria de uma herança sublime.
Pelo conteúdo, é seguro assumir que os autores eram protestantes. No entanto, suas objeções não visavam necessariamente uma determinada religião, mas sim atacavam o mau uso da posição espiritual e da autoridade para fins políticos e econômicos. Se os Manifestos fossem escritos hoje, eles seriam diferentes e abordariam outras questões. No entanto, quando essas obras foram publicadas, as críticas foram feitas no âmbito de uma era específica.
Os Manifestos criaram uma enorme agitação e entusiasmo entre os intelectuais, alquimistas e realeza da Europa. Para apreciar o impacto dos Manifestos, devemos lembrar o ambiente da época: a sombria idade média, com a peste negra, havia acabado recentemente. Contos da nova terra do oceano abriram vistas da imaginação, uma nova Aurora parece começar no horizonte. O humanismo falava da integridade do indivíduo. O Renascimento é uma explosão de criatividade e aspiração. As filosofias especulativas escondidas da Idade Média, mantidas em segredo pelo cabalista, pelo mago e pelo alquimista, estavam encontrando uma tentativa de liberdade em uma nova atmosfera de indagação.
O Sacro Império Romano, que até agora era o fator unificador da Europa, estava perdendo seu controle. Tinha sofrido o grande cisma e foi fragmentado pela Reforma. As questões políticas e religiosas agora forjaram uma força unificadora diferente e, conseqüentemente, o poder da igreja e do Estado se tornaram ameaçados. À medida que os pedidos de reforma religiosa brotaram por todo o continente, as próprias questões religiosas tornaram-se instrumentos políticos na redistribuição da riqueza.
O sucesso de Martinho Lutero - cujo símbolo, por sinal, era uma rosa vermelha e cruzada - é muito atribuído à imprensa. A imprensa permitiu-lhe traduzir a Bíblia para o alemão, criando assim um imenso orgulho nacional e também lhe permitiu publicar suas 95 teses. Não só a Alemanha era o local de nascimento da Reforma, mas também era um importante centro da nova excitação intelectual em que antigos modelos eram desafiados com novas ideias.
Em geral, a imprensa trouxe um novo esclarecimento para os leigos. A mídia nasceu. A comunicação foi experimentada em uma nova escala, até mesmo para os analfabetos poderia haver a leitura e as pessoas começaram a aprender de maneira sem precedentes. A Bíblia foi lida de forma independente pela primeira vez. A autonomia intelectual e espiritual tornou-se uma nova esperança.
O ambiente era explosivo. Os principados da Alemanha eram um ponto central de Reforma. No entanto, a palavra dos acontecimentos se espalhou por todas as fronteiras nacionais à medida que grandes mentes surgiram em todos os países. Um novo tópico começa a mostrar seu desenvolvimento. Os pensadores e os visionários se comunicam através do seu trabalho, e pensamentos educacionais e filosóficos têm a oportunidade de serem construídos sobre eles.
Os alquimistas, rosacruzes, matemáticos e mágicos estavam entre os pensadores livres do dia. Os Manifestos unificaram esses pensadores em uma missão comum: liberdade através do conhecimento.
Foi nesse ambiente que os Manifestos foram lançados. O primeiro Manifesto foi o Fama Fraternitatis ou Fama. Era uma alegoria descrevendo as viagens do ilustre pai da Irmandade, Christian Rosenkreuz ou CRC. Christian Rosenkreuz traduz-se em Cristão da Rosa-Cruz. Ele também descreveu uma fraternidade e como a irmandade desta fraternidade pode ser conhecida.
(1). Eles curam os feridos gratuitamente.
(2). Eles não estavam obrigados a usar um hábito de vestir, mas preferiam adotar o costume do país em que moravam.
(3). Eles devem se encontrar uma vez por ano no Spiritus Sancti ou Temple.
(4). Cada irmão (havia 8 neste momento) deve encontrar uma substituição digna.
(5). A palavra R.C. Seria seu selo.
(6). A Fraternidade seria secreta por 100 anos.
Seguiu-se um manifesto chamado Confessio Fraternitatis. A Confessio oferece 37 razões para o propósito da Fraternidade Rosacruz e oferece suas "orações, segredos e grandes tesouros de ouro". A palavra "ouro" é provavelmente uma referência alquímica. Não se pode dizer com certeza quem foi responsável por esses dois manifestos. Alguns especulam Francis Bacon, outros Johann Andrea.
É interessante notar que em 1627, o manuscrito inacabado de Francis Bacon, The New Atlantis, foi publicado após sua morte. Ele descreve uma Utopia, uma fraternidade secreta, significada pela Rosa-Cruz em seu turbante, o fato de que curaram gratuitamente e se encontraram anualmente em seu Templo ou na Casa de Salomão. As semelhanças entre The New Atlantis e o Fama levaram muitos a especular Bacon.
Após o Confessio, outra peça foi publicada como o Casamento Alquímico de Christian Rosenkreuz, de Johann Valentin Andrea. O Casamento Alquimico diz respeito a Christian Rosenkreuz, o Ilustre Pai do Fama, um processo iniciático que leva sete dias e um casamento.
Coincidentemente, neste momento da história, realmente houve um casamento muito importante que ocorreu na Alemanha entre Frederico do Palatinado e Elizabeth, a filha de Jaime I da Inglaterra. Este importante casamento representou um casamento do Reno e do Tâmisa e poderia ser um movimento bastante político, especialmente considerando a luta entre protestantes e católicos que acontecem na Boêmia na época. Frederico deveria tomar o trono e liderar o protesto protestante. Eles tiveram um grande casamento, quem era alguém apareceu. Supostamente, a lista de convidados era um verdadeiro "Quem é quem" da Europa. Francis Bacon e Descartes alegadamente estiveram presentes na época.
Este casamento solidificaria a nova unificação da Europa. No entanto, o sucesso de Frederico e Elizabeth foi de curta duração. A Guerra dos 30 Anos começou, o apoio político da Inglaterra não estava lá como previsto, e eles fugiram por suas vidas da Boêmia depois de apenas alguns meses de reinado.
A Fraternidade Rosacruz permaneceu secreta. Muitos dos sábios a quem os manifestos foram endereçados escreveram papéis de críticas e apoio em um esforço para encontrar essa fraternidade secreta, se tornaram conhecidos como Apologistas Rosacruzes, como Robert Fludd. No entanto, no clima reacionário que seguiu a Reforma e a agitação política, era sábio que o pensador pouco ortodoxo permaneça em silêncio. As caças de bruxas estavam em progresso, e os alquimistas, místicos, magos e até mesmo matemáticos eram considerados os discípulos do diabo e enviados para uma conclusão desagradável.
René Descartes, ao retornar a França da sua visita à Alemanha, achou necessário defender-se e negar que ele era um Rosacruz. Ele disse que os rosacruzes eram invisíveis, que ele era claramente visível; E, portanto, ele não podia ser um Rosacruz. Essa lógica pode ter salvado sua vida.
O segredo, por um lado, e a necessidade de preservar uma Tradição no outro levantaram um problema interessante. Como você evita que um sistema seja perdido? Primeiro, ao dar a verdade em forma de história, os fundamentos do sistema são preservados. Finalmente, deve haver uma explicação do processo a ser seguido. O Fama e Confessio mantêm a base. O processo, ou caminho, foi dado no casamento hermético de C.R.C. O casamento é um guia para o processo de regeneração, ou o aperfeiçoamento do homem. Esses três trabalhos representam marcos antigos do rosacrucianismo, e qualquer estudante sério do assunto deve encontrar essas obras que estão disponíveis em um livro intitulado A Rosicrucian Primer.
Da Alemanha, acredita-se que o Rosacrucianismo se espalhou para a Inglaterra, Holanda, França e depois para a América.
Os rosacruzes, de acordo com o trabalho de J. F. Sachse, os pietistas alemães da Pensilvânia, vieram para a América em 1694 sob a liderança de Johanne Kelpius e pousaram na Filadélfia. Suas muitas realizações ao longo dos anos que se seguiram foram no espírito de contribuir para uma nova nação, uma "Nova Atlântida" talvez, em uma nova terra que oferecia a grande esperança: a liberdade.
Onde quer que fossem e sob qualquer nome, em seus pequenos caminhos, os rosacruzes contribuíram consistentemente para o objetivo da liberdade pessoal do indivíduo. A partir de uma visão histórica, os fundadores do Movimento Rosacruz no século XVI podem ser vistos como sendo o centro da controvérsia, mas quando analisados, vemos que ajudaram a plantar muitas sementes necessárias para os ideais do mundo moderno de hoje: a separação entre ciência, Igreja e Estado, a libertação das práticas médicas em relação a superstição, a noção de que se poderia perseguir o conhecimento e a busca da verdade sem perseguição - tudo com o objetivo paciente em mente que isso levaria ao objetivo final do Movimento: um mundo onde qualquer indivíduo teria lazer, educação e liberdade adequados para prosseguir a vida espiritual.
Por Ashley McFadden (Imperatrix da Ancient Rosae Crucis - ARC)
Publicado no R+C Times® - Verão de 1994
Original em: http://www.neue-rosenkreuzer.de/quellen/www.arcgl.org/rosie.htm
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos
No entanto, a verdadeira origem, propósito e método do movimento Rosacruz é encontrado no próprio símbolo: a Rosa na Cruz. É o vermelho sobre o ouro, a purificação pelo julgamento e a rosa se desdobrando de e para.
Historicamente, a origem mais acordada, ou o avivamento significativo, da Fraternidade Rosacruz é a Alemanha do século 17 quando três manifestos foram lançados e depois publicados por uma fraternidade secreta entre 1604-1616. A herança da Rosa-Cruz pode não ter começado com os Manifestos, mas certamente a sua notoriedade.
Os dois primeiros manifestos, escritos anonimamente, foram um apelo aos educados e influentes para se unirem para o estabelecimento de uma renovação educacional, moral e científica e reforma da Europa. Uma reforma já havia ocorrido na esfera religiosa, e agora o mesmo esforço deve ser feito, apelou a Fraternidade Rosacruz, na área da ciência e do conhecimento. Esta nova iluminação elevaria a humanidade da decadência moral da Europa e causaria a humanidade, à luz do conhecimento, para entender sua relação com o universo e a diferença entre o material e o divino. Um novo amanhecer estava prestes a quebrar, eles disseram, e a Europa estava grávida, prestes a ter um filho poderoso que precisaria de uma herança sublime.
Pelo conteúdo, é seguro assumir que os autores eram protestantes. No entanto, suas objeções não visavam necessariamente uma determinada religião, mas sim atacavam o mau uso da posição espiritual e da autoridade para fins políticos e econômicos. Se os Manifestos fossem escritos hoje, eles seriam diferentes e abordariam outras questões. No entanto, quando essas obras foram publicadas, as críticas foram feitas no âmbito de uma era específica.
Os Manifestos criaram uma enorme agitação e entusiasmo entre os intelectuais, alquimistas e realeza da Europa. Para apreciar o impacto dos Manifestos, devemos lembrar o ambiente da época: a sombria idade média, com a peste negra, havia acabado recentemente. Contos da nova terra do oceano abriram vistas da imaginação, uma nova Aurora parece começar no horizonte. O humanismo falava da integridade do indivíduo. O Renascimento é uma explosão de criatividade e aspiração. As filosofias especulativas escondidas da Idade Média, mantidas em segredo pelo cabalista, pelo mago e pelo alquimista, estavam encontrando uma tentativa de liberdade em uma nova atmosfera de indagação.
O Sacro Império Romano, que até agora era o fator unificador da Europa, estava perdendo seu controle. Tinha sofrido o grande cisma e foi fragmentado pela Reforma. As questões políticas e religiosas agora forjaram uma força unificadora diferente e, conseqüentemente, o poder da igreja e do Estado se tornaram ameaçados. À medida que os pedidos de reforma religiosa brotaram por todo o continente, as próprias questões religiosas tornaram-se instrumentos políticos na redistribuição da riqueza.
O sucesso de Martinho Lutero - cujo símbolo, por sinal, era uma rosa vermelha e cruzada - é muito atribuído à imprensa. A imprensa permitiu-lhe traduzir a Bíblia para o alemão, criando assim um imenso orgulho nacional e também lhe permitiu publicar suas 95 teses. Não só a Alemanha era o local de nascimento da Reforma, mas também era um importante centro da nova excitação intelectual em que antigos modelos eram desafiados com novas ideias.
Em geral, a imprensa trouxe um novo esclarecimento para os leigos. A mídia nasceu. A comunicação foi experimentada em uma nova escala, até mesmo para os analfabetos poderia haver a leitura e as pessoas começaram a aprender de maneira sem precedentes. A Bíblia foi lida de forma independente pela primeira vez. A autonomia intelectual e espiritual tornou-se uma nova esperança.
O ambiente era explosivo. Os principados da Alemanha eram um ponto central de Reforma. No entanto, a palavra dos acontecimentos se espalhou por todas as fronteiras nacionais à medida que grandes mentes surgiram em todos os países. Um novo tópico começa a mostrar seu desenvolvimento. Os pensadores e os visionários se comunicam através do seu trabalho, e pensamentos educacionais e filosóficos têm a oportunidade de serem construídos sobre eles.
Os alquimistas, rosacruzes, matemáticos e mágicos estavam entre os pensadores livres do dia. Os Manifestos unificaram esses pensadores em uma missão comum: liberdade através do conhecimento.
Foi nesse ambiente que os Manifestos foram lançados. O primeiro Manifesto foi o Fama Fraternitatis ou Fama. Era uma alegoria descrevendo as viagens do ilustre pai da Irmandade, Christian Rosenkreuz ou CRC. Christian Rosenkreuz traduz-se em Cristão da Rosa-Cruz. Ele também descreveu uma fraternidade e como a irmandade desta fraternidade pode ser conhecida.
(1). Eles curam os feridos gratuitamente.
(2). Eles não estavam obrigados a usar um hábito de vestir, mas preferiam adotar o costume do país em que moravam.
(3). Eles devem se encontrar uma vez por ano no Spiritus Sancti ou Temple.
(4). Cada irmão (havia 8 neste momento) deve encontrar uma substituição digna.
(5). A palavra R.C. Seria seu selo.
(6). A Fraternidade seria secreta por 100 anos.
Seguiu-se um manifesto chamado Confessio Fraternitatis. A Confessio oferece 37 razões para o propósito da Fraternidade Rosacruz e oferece suas "orações, segredos e grandes tesouros de ouro". A palavra "ouro" é provavelmente uma referência alquímica. Não se pode dizer com certeza quem foi responsável por esses dois manifestos. Alguns especulam Francis Bacon, outros Johann Andrea.
É interessante notar que em 1627, o manuscrito inacabado de Francis Bacon, The New Atlantis, foi publicado após sua morte. Ele descreve uma Utopia, uma fraternidade secreta, significada pela Rosa-Cruz em seu turbante, o fato de que curaram gratuitamente e se encontraram anualmente em seu Templo ou na Casa de Salomão. As semelhanças entre The New Atlantis e o Fama levaram muitos a especular Bacon.
Após o Confessio, outra peça foi publicada como o Casamento Alquímico de Christian Rosenkreuz, de Johann Valentin Andrea. O Casamento Alquimico diz respeito a Christian Rosenkreuz, o Ilustre Pai do Fama, um processo iniciático que leva sete dias e um casamento.
Coincidentemente, neste momento da história, realmente houve um casamento muito importante que ocorreu na Alemanha entre Frederico do Palatinado e Elizabeth, a filha de Jaime I da Inglaterra. Este importante casamento representou um casamento do Reno e do Tâmisa e poderia ser um movimento bastante político, especialmente considerando a luta entre protestantes e católicos que acontecem na Boêmia na época. Frederico deveria tomar o trono e liderar o protesto protestante. Eles tiveram um grande casamento, quem era alguém apareceu. Supostamente, a lista de convidados era um verdadeiro "Quem é quem" da Europa. Francis Bacon e Descartes alegadamente estiveram presentes na época.
Este casamento solidificaria a nova unificação da Europa. No entanto, o sucesso de Frederico e Elizabeth foi de curta duração. A Guerra dos 30 Anos começou, o apoio político da Inglaterra não estava lá como previsto, e eles fugiram por suas vidas da Boêmia depois de apenas alguns meses de reinado.
A Fraternidade Rosacruz permaneceu secreta. Muitos dos sábios a quem os manifestos foram endereçados escreveram papéis de críticas e apoio em um esforço para encontrar essa fraternidade secreta, se tornaram conhecidos como Apologistas Rosacruzes, como Robert Fludd. No entanto, no clima reacionário que seguiu a Reforma e a agitação política, era sábio que o pensador pouco ortodoxo permaneça em silêncio. As caças de bruxas estavam em progresso, e os alquimistas, místicos, magos e até mesmo matemáticos eram considerados os discípulos do diabo e enviados para uma conclusão desagradável.
René Descartes, ao retornar a França da sua visita à Alemanha, achou necessário defender-se e negar que ele era um Rosacruz. Ele disse que os rosacruzes eram invisíveis, que ele era claramente visível; E, portanto, ele não podia ser um Rosacruz. Essa lógica pode ter salvado sua vida.
O segredo, por um lado, e a necessidade de preservar uma Tradição no outro levantaram um problema interessante. Como você evita que um sistema seja perdido? Primeiro, ao dar a verdade em forma de história, os fundamentos do sistema são preservados. Finalmente, deve haver uma explicação do processo a ser seguido. O Fama e Confessio mantêm a base. O processo, ou caminho, foi dado no casamento hermético de C.R.C. O casamento é um guia para o processo de regeneração, ou o aperfeiçoamento do homem. Esses três trabalhos representam marcos antigos do rosacrucianismo, e qualquer estudante sério do assunto deve encontrar essas obras que estão disponíveis em um livro intitulado A Rosicrucian Primer.
Da Alemanha, acredita-se que o Rosacrucianismo se espalhou para a Inglaterra, Holanda, França e depois para a América.
Os rosacruzes, de acordo com o trabalho de J. F. Sachse, os pietistas alemães da Pensilvânia, vieram para a América em 1694 sob a liderança de Johanne Kelpius e pousaram na Filadélfia. Suas muitas realizações ao longo dos anos que se seguiram foram no espírito de contribuir para uma nova nação, uma "Nova Atlântida" talvez, em uma nova terra que oferecia a grande esperança: a liberdade.
Onde quer que fossem e sob qualquer nome, em seus pequenos caminhos, os rosacruzes contribuíram consistentemente para o objetivo da liberdade pessoal do indivíduo. A partir de uma visão histórica, os fundadores do Movimento Rosacruz no século XVI podem ser vistos como sendo o centro da controvérsia, mas quando analisados, vemos que ajudaram a plantar muitas sementes necessárias para os ideais do mundo moderno de hoje: a separação entre ciência, Igreja e Estado, a libertação das práticas médicas em relação a superstição, a noção de que se poderia perseguir o conhecimento e a busca da verdade sem perseguição - tudo com o objetivo paciente em mente que isso levaria ao objetivo final do Movimento: um mundo onde qualquer indivíduo teria lazer, educação e liberdade adequados para prosseguir a vida espiritual.
Por Ashley McFadden (Imperatrix da Ancient Rosae Crucis - ARC)
Publicado no R+C Times® - Verão de 1994
Original em: http://www.neue-rosenkreuzer.de/quellen/www.arcgl.org/rosie.htm
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos
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terça-feira, 15 de agosto de 2017
Evento rosacruciano/martinista em mosteiro anglicano.
Uma notícia (requentada), porém de interesse aos cristãos que se interessam pelos caminhos iniciáticos foi o XXI O.M.C.E. Castrorum, XVII CR+C Convention & B.M.O. Gathering.
Para quem não sabe, a OMCE é a Ordo Militiae Crucifera Evangelicae é uma ordem rosacruz (ou neorosacruciana) e neo-templária. A CR+C (Confraternidade Rosa-Cruz) é uma ordem rosacruciana (ou neorosacruciana) fundada pelo Imperator Gary Lee Stewart, após a sua ruptura com outra ordem (neo)rosacruciana: AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosa-Cruz). BMO é a Ordem Martinista Britânica, sendo uma ordem inspirada no pensamento do místico cristão Louis Claude de Saint-Martin.
As 3 ordens citadas, também conhecidas como Confraternidades, são aliadas entre si. Assim sendo, suas convenções podem ocorrer simultaneamente em um mesmo evento.
Mas, o que isso tem a ver com o objetivo deste blog? No post anterior, já havíamos falado um pouco de como as mais conhecidas vias iniciáticas (rosacrucianismo, maçonaria e martinismo) são não apenas compatíveis com o cristianismo, como completamente cristãs em sua origem. Porém, mais interessante é mostrarmos na prática como a relação igreja x ordens iniciáticas pode ser harmônica.
A presença de muitos clérigos nas igrejas, abertamente maçons e/ou rosacrucianos, demonstra que essa relação pode ser boa. igualmente, a realização de eventos conjuntos. Porém, algo bem interessante foi a autorização dada por um mosteiro anglicano, para que se realizasse nele um dos maiores eventos rosacrucianos e martinistas do mundo.
Sim, um evento desta magnitude foi realizado em novembro de 2016 em um mosteiro beneditino da Igreja Episcopal (nome que a Igreja Anglicana recebe nos EUA).
Maiores informações sobre o evento:
https://www.omce.org.br/castrorum_nap/NAP_Castrorum_2016/Welcome.html
Maiores informações sobre o mosteiro da Santa Cruz:
http://www.holycrossmonastery.com/
Fica aqui o registro para consultas posteriores.
Pax
Para quem não sabe, a OMCE é a Ordo Militiae Crucifera Evangelicae é uma ordem rosacruz (ou neorosacruciana) e neo-templária. A CR+C (Confraternidade Rosa-Cruz) é uma ordem rosacruciana (ou neorosacruciana) fundada pelo Imperator Gary Lee Stewart, após a sua ruptura com outra ordem (neo)rosacruciana: AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosa-Cruz). BMO é a Ordem Martinista Britânica, sendo uma ordem inspirada no pensamento do místico cristão Louis Claude de Saint-Martin.
As 3 ordens citadas, também conhecidas como Confraternidades, são aliadas entre si. Assim sendo, suas convenções podem ocorrer simultaneamente em um mesmo evento.
Mas, o que isso tem a ver com o objetivo deste blog? No post anterior, já havíamos falado um pouco de como as mais conhecidas vias iniciáticas (rosacrucianismo, maçonaria e martinismo) são não apenas compatíveis com o cristianismo, como completamente cristãs em sua origem. Porém, mais interessante é mostrarmos na prática como a relação igreja x ordens iniciáticas pode ser harmônica.
A presença de muitos clérigos nas igrejas, abertamente maçons e/ou rosacrucianos, demonstra que essa relação pode ser boa. igualmente, a realização de eventos conjuntos. Porém, algo bem interessante foi a autorização dada por um mosteiro anglicano, para que se realizasse nele um dos maiores eventos rosacrucianos e martinistas do mundo.
Sim, um evento desta magnitude foi realizado em novembro de 2016 em um mosteiro beneditino da Igreja Episcopal (nome que a Igreja Anglicana recebe nos EUA).
Maiores informações sobre o evento:
https://www.omce.org.br/castrorum_nap/NAP_Castrorum_2016/Welcome.html
Maiores informações sobre o mosteiro da Santa Cruz:
http://www.holycrossmonastery.com/
Fica aqui o registro para consultas posteriores.
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terça-feira, 8 de agosto de 2017
Caminho iniciático para cristãos?
Normalmente ouvimos falar do quanto o caminho iniciático e a participação em ordens iniciáticas seriam impróprias para cristãos. Essa afirmação é se fundamenta em dois tipo de ignorância: 1) A ignorância dos que falam sem conhecer (independente de se os motivos são justos ou não). 2) A ignorância dos membros das ordens iniciáticas que, desconhecendo as origens e ensinamentos originais de suas ordens, propagam todo o tipo de equívocos (que serviram para alimentar o outro tipo de ignorância citado).
Evidentemente, seria impossível refutar cada mentira sobre esta sociedade que recebeu tantos clérigos e retira seus ensinamentos das histórias bíblicas. Portanto recomendamos os seguintes livros: "Maçonaria e Cristianismo" escrito pelo Rev. Jorge Buarque Lira (presbiteriano); "Um Pouco Mais Sobre os Graus de Cavaleiro Templário e de Malta" do Rev. Neville Barker Cryer (anglicano) e o mais recente livro de minha autoria que aborda de forma bem específica este tema (abordando também a questão rosacruciana e martinista): "A Cruz, o Esquadro e o Compasso".
O martinismo dispensa maiores comentários, tem uma origem bem maçônica (especialmente nos Elus-Cohen), passando para o desgosto com o ritualismo experimentado por Louis Claude de Saint-Martin e chegando finalmente na organização atual da ordem conforme Papus, resgatando muito do ritual maçônico (de forma bem mais branda, é verdade), tornando ela uma espécie de "maçonaria mística cristã".
Para entender o martinismo, o ideal é ir nas fontes: Os livros de Louis Claude de Saint-Martin e também alguma coisa de Papus (especialmente o livro Martinismo, Martinezismo, Willermozismo e Franco-Maçonaria que é possível baixar gratuitamente em nossa biblioteca). Livros de Martinez de Pasqually e Willermoz podem ser bem úteis, cabendo as devidas ressalvas.
O rosacrucianismo, por sua vez, é talvez o mais incompreendido. Começando pelo fato de que as ordens ditas rosacruzes na realidade são, geralmente, neorosacruzes e misturam princípios rosacrucianos com outros sistemas iniciáticos (gnosticismo, maçonismo, ...), não é atoa que se formos comparar o rosacrucianismo histórico e o das ordens atuais, aparentemente falamos de dois movimentos bem distintos. O rosacrucianismo original era formado por entusiastas (por vezes radicais) do protestantismo que também estavam interessados nas ciências da época (entendendo na época alquimia e astrologia como ciências), enquanto hoje muitas ordens rosacrucianas esquecem o cristianismo ou o associam obrigatoriamente com gnosticismo e outras vertentes. Não há problema algum em você aproveitar coisas interessantes de vários sistemas, o problema é que o rosacrucianismo original simplesmente "desapareceu".
Este blog se chama pietismo rosa-cruz justamente por entender que o movimento pietista (que buscava uma renovação do cristianismo voltada a manutenção da ortodoxia doutrinária, sem perder o entusiasmo por entender o mundo de forma mística) está estreitamente relacionado com o rosacrucianismo (inclusive grandes nomes de um movimento foram pertencentes ao outro como Kelpius, George Rapp e não podemos esquecer de Comenius que foi bispo da Igreja Morávia que viria a se tornar uma importante igreja pietista com Zinzendorf). Nada de Egito e outras tantas origens dadas pelas diversas ordens (que servem como ótimos mitos fundadores, porém não podem ser confundidos com verdades históricas).
Sobre o rosacrucianismo a nossa sugestão é o livro acadêmico de Frances Yates (O Iluminismo Rosa-Cruz), os 3 manifestos rosa-cruzes (disponíveis em nossa bibilioteca), o livro de Comenius chamado "O único necessário" (também disponível em nossa biblioteca). Os materiais das ordens são recomendados para entender o que AQUELA ORDEM entende sobre o rosacrucianismo e como ela se apropria do mesmo, porém não será exatamente o rosacrucianismo histórico que está difuso hoje em diversos buscadores.
Lendo livros como os recomendados, buscando entender as origens das ordens, já se torna impossível manter-se com os preconceitos contra o caminho iniciático para os cristãos. Mas, ainda alguns poderiam perguntar se a Igreja não seria suficiente e a resposta é: Talvez. Nas diversas igrejas cristãs sempre houveram grupos menores que compartilhavam de determinado carisma (modo de viver a espiritualidade): sociedades (ex.: as sociedades metodistas e os colégios de piedade), ordens religiosas (ex.: franciscanos, dominicanos, beneditinos, jesuítas), irmandades, movimentos (ex.: renovação carismática), etc. Portanto, as ordens iniciáticas não funcionam de forma diferente e ainda algumas delas aceitam membros não-cristãos vivendo sob princípios do Evangelho, algo que é bastante proveitoso para todos.
Alguns ainda poderiam questionar os segredos, o que geralmente não passa de certos códigos de reconhecimento. Outros ainda podem questionar se a iniciação não seria algo pouco cristão, eu digo o contrário. O cristianismo é uma religião iniciática, o batismo é o rito iniciático cristão por excelência. Toda a iniciação, para um cristão, é derivada dessa iniciação. É uma reafirmação do batismo e um novo comprometimento com o Reino de Deus.
As ordens religiosas, irmandades e etc também possuem ritos nos quais se fazem votos de compromisso com a vida cristã, sendo portanto iniciações tais quais as das nossas ordens. Além do mais, a verdadeira iniciação é aquela que ocorre na metanoia/conversão, os ritos iniciáticos buscam despertar na pessoa essa mudança mas, o efeito só ocorrerá quando a pessoa for tocada pelo Espírito Santo e transformada realmente. Portanto, seja o batismo ou a iniciação em uma ordem, terão pouco valor se não levarem a uma mudança real de vida, ou nas palavras de Frank Sherman Land (fundador da Ordem DeMolay): Seriam fórmulas vazias.
Em nossa biblioteca, possuímos alguns textos interessantes de Gary Lee Stewart (ex-imperator da AMORC e atual imperator da CR+C) sobre a iniciação e que merecem ser lidos, mesmo que eventualmente você não concorde integralmente com eles.
Este post não encerra o assunto, apenas inicia. Estou a disposição para debatermos nos comentários.
Pax
Existem diversas correntes/movimentos/ordens iniciáticas, de fato nem todas possuem um caráter compatível com o cristianismo. Porém, 3 ordens (ou ramos) são mais conhecidas e serão objeto de nossa apreciação neste espaço: Maçonaria, Rosacrucianismo e Martinismo.
A maçonaria é a mais conhecida e mais difamada. Curiosamente, nem sempre foi assim. A Maçonaria é ainda um fenômeno típico de países protestantes (Reino Unido, Estados Unidos, Suécia, ...) e sua formação evangélica foi muito forte, o que não excluí uma presença considerável em países católicos (França, Portugal, Brasil, ...) porém, nesses países, a Maçonaria tomou uma cara bem diferenciada em função da perseguição da religião majoritária e ou seguiu uma linha anticlerical/ateística ou seguiu uma linha mais esotérica. Porém, seu fundamento é totalmente cristão e sua história se confunde com a história dos países protestantes (especialmente os anglo-saxões).
Evidentemente, seria impossível refutar cada mentira sobre esta sociedade que recebeu tantos clérigos e retira seus ensinamentos das histórias bíblicas. Portanto recomendamos os seguintes livros: "Maçonaria e Cristianismo" escrito pelo Rev. Jorge Buarque Lira (presbiteriano); "Um Pouco Mais Sobre os Graus de Cavaleiro Templário e de Malta" do Rev. Neville Barker Cryer (anglicano) e o mais recente livro de minha autoria que aborda de forma bem específica este tema (abordando também a questão rosacruciana e martinista): "A Cruz, o Esquadro e o Compasso".
https://www.clubedeautores.com.br/book/238455--A_Cruz_o_Esquadro_e_o_Compasso?topic=teologia#.WYnOBFxSzIU |
O martinismo dispensa maiores comentários, tem uma origem bem maçônica (especialmente nos Elus-Cohen), passando para o desgosto com o ritualismo experimentado por Louis Claude de Saint-Martin e chegando finalmente na organização atual da ordem conforme Papus, resgatando muito do ritual maçônico (de forma bem mais branda, é verdade), tornando ela uma espécie de "maçonaria mística cristã".
Para entender o martinismo, o ideal é ir nas fontes: Os livros de Louis Claude de Saint-Martin e também alguma coisa de Papus (especialmente o livro Martinismo, Martinezismo, Willermozismo e Franco-Maçonaria que é possível baixar gratuitamente em nossa biblioteca). Livros de Martinez de Pasqually e Willermoz podem ser bem úteis, cabendo as devidas ressalvas.
O rosacrucianismo, por sua vez, é talvez o mais incompreendido. Começando pelo fato de que as ordens ditas rosacruzes na realidade são, geralmente, neorosacruzes e misturam princípios rosacrucianos com outros sistemas iniciáticos (gnosticismo, maçonismo, ...), não é atoa que se formos comparar o rosacrucianismo histórico e o das ordens atuais, aparentemente falamos de dois movimentos bem distintos. O rosacrucianismo original era formado por entusiastas (por vezes radicais) do protestantismo que também estavam interessados nas ciências da época (entendendo na época alquimia e astrologia como ciências), enquanto hoje muitas ordens rosacrucianas esquecem o cristianismo ou o associam obrigatoriamente com gnosticismo e outras vertentes. Não há problema algum em você aproveitar coisas interessantes de vários sistemas, o problema é que o rosacrucianismo original simplesmente "desapareceu".
Este blog se chama pietismo rosa-cruz justamente por entender que o movimento pietista (que buscava uma renovação do cristianismo voltada a manutenção da ortodoxia doutrinária, sem perder o entusiasmo por entender o mundo de forma mística) está estreitamente relacionado com o rosacrucianismo (inclusive grandes nomes de um movimento foram pertencentes ao outro como Kelpius, George Rapp e não podemos esquecer de Comenius que foi bispo da Igreja Morávia que viria a se tornar uma importante igreja pietista com Zinzendorf). Nada de Egito e outras tantas origens dadas pelas diversas ordens (que servem como ótimos mitos fundadores, porém não podem ser confundidos com verdades históricas).
Sobre o rosacrucianismo a nossa sugestão é o livro acadêmico de Frances Yates (O Iluminismo Rosa-Cruz), os 3 manifestos rosa-cruzes (disponíveis em nossa bibilioteca), o livro de Comenius chamado "O único necessário" (também disponível em nossa biblioteca). Os materiais das ordens são recomendados para entender o que AQUELA ORDEM entende sobre o rosacrucianismo e como ela se apropria do mesmo, porém não será exatamente o rosacrucianismo histórico que está difuso hoje em diversos buscadores.
Lendo livros como os recomendados, buscando entender as origens das ordens, já se torna impossível manter-se com os preconceitos contra o caminho iniciático para os cristãos. Mas, ainda alguns poderiam perguntar se a Igreja não seria suficiente e a resposta é: Talvez. Nas diversas igrejas cristãs sempre houveram grupos menores que compartilhavam de determinado carisma (modo de viver a espiritualidade): sociedades (ex.: as sociedades metodistas e os colégios de piedade), ordens religiosas (ex.: franciscanos, dominicanos, beneditinos, jesuítas), irmandades, movimentos (ex.: renovação carismática), etc. Portanto, as ordens iniciáticas não funcionam de forma diferente e ainda algumas delas aceitam membros não-cristãos vivendo sob princípios do Evangelho, algo que é bastante proveitoso para todos.
Alguns ainda poderiam questionar os segredos, o que geralmente não passa de certos códigos de reconhecimento. Outros ainda podem questionar se a iniciação não seria algo pouco cristão, eu digo o contrário. O cristianismo é uma religião iniciática, o batismo é o rito iniciático cristão por excelência. Toda a iniciação, para um cristão, é derivada dessa iniciação. É uma reafirmação do batismo e um novo comprometimento com o Reino de Deus.
As ordens religiosas, irmandades e etc também possuem ritos nos quais se fazem votos de compromisso com a vida cristã, sendo portanto iniciações tais quais as das nossas ordens. Além do mais, a verdadeira iniciação é aquela que ocorre na metanoia/conversão, os ritos iniciáticos buscam despertar na pessoa essa mudança mas, o efeito só ocorrerá quando a pessoa for tocada pelo Espírito Santo e transformada realmente. Portanto, seja o batismo ou a iniciação em uma ordem, terão pouco valor se não levarem a uma mudança real de vida, ou nas palavras de Frank Sherman Land (fundador da Ordem DeMolay): Seriam fórmulas vazias.
Em nossa biblioteca, possuímos alguns textos interessantes de Gary Lee Stewart (ex-imperator da AMORC e atual imperator da CR+C) sobre a iniciação e que merecem ser lidos, mesmo que eventualmente você não concorde integralmente com eles.
Este post não encerra o assunto, apenas inicia. Estou a disposição para debatermos nos comentários.
Pax
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sexta-feira, 4 de agosto de 2017
Cristo - A linha & A Cruz
Os antigos cabalistas de algumas tradições implicam que a reencarnação é a ferramenta através da qual o homem é refinado e purificado até estar pronto para se unir com Deus. E, mesmo assim, o Ciclo continua. O Processo Místico de I A O é referido como "Vida, Morte e Renascimento". Considerando que esta é, em essência, uma visão circular de toda a Criação, o Antigo e o Novo Testamento indicam uma visão mais linear de um começo para um fim. Entre os historiadores, os arqueólogos e os teólogos, é uma visão padrão para ver as sociedades mais pagãs da Pérsia antiga, Grécia e Roma, em sua essência de natureza circular, enquanto a cultura semítica ou judaica é de uma natureza mais linear. Isso pode ser encontrado no fato, que ambos, o Antigo e o Novo testamento possuem um chamado "Fim do mundo" ou "Fim dos dias". Como Místicos, e especificamente como Místicos cristãos, procuramos unir os opostos e reconciliar as Polaridades. A união de linha e círculo pode ser encontrada de forma mais complicada na Esquadria do Círculo. Este método foi encontrado pelo "mítico" filósofo Pitágoras:
Em um nível claramente geométrico, o gráfico acima mostra a solução para um problema geométrico. Um deles é inscrever no círculo uma cruz de pé igual, que forma um quadrado ao redor do círculo. Em seguida, ao redor da praça é colocado um triângulo armado igual em torno do qual outro círculo é desenhado. O segundo círculo exatamente o primeiro quadrado. Em um nível mais místico e esotérico, a imagem acima e a regra geométrica nos mostram a união de Micro e Macrocosmos. O quadrado sendo o Microcosmos, sendo o círculo o Macrocosmos ou em outras Palavras, o Quadrado representando o Homem, o Círculo representando o Divino. O raciocínio por trás disso é que um quadrado representa uma figura limitada, é matematicamente e, portanto, numerologicamente examinável. O Círculo é ilimitado por causa disso, que até mesmo o conhecimento científico atualizado não tem fim por trás da vírgula e, portanto, representa o infinito Tudo-é-Um ou em grego. Na Tradição Hermética o mesmo princípio pode ser expresso pela interação de duas figuras geométricas, a do Pentagrama e do Hexagrama:
Na Tradição da Cabala, o Microcosmos representa o Homem e o Macrocosmos, em essência, Deus. Então, no Diagrama acima, Deus, o Senhor do Universo tomou habitação dentro de um Homem. Isso é muito diferente do homem que tem Parte em Deus através de seu maior Gênio Divino, ou do Homem que possui Gnose de Deus através dele. Significa literalmente que Deus se tornou homem, como personificado por Jesus Cristo. Agora, o desenho da quadratura do círculo, bem como o diagrama acima, são mais ou menos complicados. Existe uma maneira mais simples de colocar essas idéias em uma imagem de figuras geométricas:
Esta nova figura é uma forma simplificada da Rosa-Cruz e representa as mesmas idéias mencionadas acima. No entanto, ao mesmo tempo, há uma pequena diferença; A visão cíclica e linear da Natureza uniram e transformaram o processo acima mencionado de I A O em Vida-Morte-Ressurreição. Esta é apenas uma mera introdução aos Mistérios que conectam Cristo com a Rosa e a Cruz. Estes e outros mistérios sagrados da luz levarão o aluno a uma maior compreensão da natureza do Universo e do poder de despertar dentro dos principais adeptos.
Por: G.H. Frater P.D.R. (Robert Zink)
Retirado de: http://goldendawnancientmysteryschool.com/christ-line-cross/
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos
Em um nível claramente geométrico, o gráfico acima mostra a solução para um problema geométrico. Um deles é inscrever no círculo uma cruz de pé igual, que forma um quadrado ao redor do círculo. Em seguida, ao redor da praça é colocado um triângulo armado igual em torno do qual outro círculo é desenhado. O segundo círculo exatamente o primeiro quadrado. Em um nível mais místico e esotérico, a imagem acima e a regra geométrica nos mostram a união de Micro e Macrocosmos. O quadrado sendo o Microcosmos, sendo o círculo o Macrocosmos ou em outras Palavras, o Quadrado representando o Homem, o Círculo representando o Divino. O raciocínio por trás disso é que um quadrado representa uma figura limitada, é matematicamente e, portanto, numerologicamente examinável. O Círculo é ilimitado por causa disso, que até mesmo o conhecimento científico atualizado não tem fim por trás da vírgula e, portanto, representa o infinito Tudo-é-Um ou em grego. Na Tradição Hermética o mesmo princípio pode ser expresso pela interação de duas figuras geométricas, a do Pentagrama e do Hexagrama:
Na Tradição da Cabala, o Microcosmos representa o Homem e o Macrocosmos, em essência, Deus. Então, no Diagrama acima, Deus, o Senhor do Universo tomou habitação dentro de um Homem. Isso é muito diferente do homem que tem Parte em Deus através de seu maior Gênio Divino, ou do Homem que possui Gnose de Deus através dele. Significa literalmente que Deus se tornou homem, como personificado por Jesus Cristo. Agora, o desenho da quadratura do círculo, bem como o diagrama acima, são mais ou menos complicados. Existe uma maneira mais simples de colocar essas idéias em uma imagem de figuras geométricas:
Esta nova figura é uma forma simplificada da Rosa-Cruz e representa as mesmas idéias mencionadas acima. No entanto, ao mesmo tempo, há uma pequena diferença; A visão cíclica e linear da Natureza uniram e transformaram o processo acima mencionado de I A O em Vida-Morte-Ressurreição. Esta é apenas uma mera introdução aos Mistérios que conectam Cristo com a Rosa e a Cruz. Estes e outros mistérios sagrados da luz levarão o aluno a uma maior compreensão da natureza do Universo e do poder de despertar dentro dos principais adeptos.
Por: G.H. Frater P.D.R. (Robert Zink)
Retirado de: http://goldendawnancientmysteryschool.com/christ-line-cross/
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos
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terça-feira, 1 de agosto de 2017
Jesus, o nazareno - A verdadeira Rosa & Cruz
Por razões, isso precisa ser explicado mais adiante, a maioria dos ocultistas de hoje tem um relacionamento bastante perturbado com a figura de Jesus Cristo. Se chegar ao máximo, o ocultista moderno identifica-o com um Homem altamente iluminado ou com uma Força metafórica ou essência divina, totalmente abstraída da Pessoa chamada Jesus de Nazaré. Este artigo foi concebido para ajudar o leitor a entender, por que os antigos Rosacruzes tinham que ser cristãos. Dos documentos publicamente disponíveis da Ordem hermética do Golden Dawn, conforme fundado por S.L. MacGregor-Mathers, a maioria dos ocultistas solitários de hoje e sociedades herméticas têm seu legado de uma forma ou de outra. Conforme mencionado em outros artigos deste site, esta Ordem era apenas uma fachada exterior da mais antiga escola da Rosa e da Cruz.
Sobre esta ordem muito é publicado, mas só muito pouco é verdadeiramente conhecido. Um dos principais emblemas dos Rosacruzes é o que os ocultistas modernos conhecem como Lamen Rosacruz. Não devemos discutir aqui como ele deve parecer e apenas publicaremos aqui a imagem regular e bem conhecida.
Mais discussões foram feitas nas suas partes traseiras. Por vezes, os recursos da Golden Dawn são bastante duvidosos e obtemos uma certa imagem do que estava escrito nas costas. Esses recursos derivam suas informações de um emblema, que data antes da fundação do Golden Golden Dawn original. Parece assim:
Como podemos ver, nos leigos exibidos aqui é escrita a frase "MAGISTER JESUS CHRISTUS D ET H", a última parte que significa "DEUS ET HOMO", que traduz toda a frase para: "o Mestre Jesus Cristo, Deus e Homem" . Isso indica a resposta à pergunta no título deste artigo.
Outro ponto é dado na página de introdução da seção "Misticismo Cristão" deste site. Aqui é mencionado que, de acordo com o Fama Fraternitatis da Irmandade da Rosa-Cruz sobre o Sarcófago no centro da Cripta de Christian Rosenkreutz, está escrito "JESUS MIHI OMNIA". O Fama é muito mais antigo do que a Ordem Externa do Golden Dawn e esteve no momento da sua publicação em 1614, influenciou a comunidade oculta de seu tempo ao máximo. A frase citada acima indica que não se pretende o conceito de Cristo, nem a "consciência crística" moderna, mas o homem Jesus de Nazaré. Este homem que os antigos Rosacruzes sabiam, que ele era ambos, Deus e Homem. Assim, os Mistérios e Ensinamentos internos de sua Ordem foram baseados e centrados em torno de Jesus Cristo.
Se nós devemos acreditar, que o Golden Dawn nunca foi mais do que a Escola externa da verdadeira Ordem Rosacruz (mais tarde chamada RR e AC de Mathers), então temos que aceitar que não só a Ordem Rosacruz, mas também o Golden Dawn Eram ambos imperativamente cristãos.
No mesmo mencionado Sarcófago foram escritas outras frases, incluindo as mencionadas acima, havia cinco frases, uma delas sendo "LIBERTAS EVANGELII" "Liberdade dos Evangelhos". Assim, o antigo Rosacruz não só acreditou em Cristo, mas também no Evangelho, fazendo assim o Novo Testamento e, em última instância, toda a Bíblia faz parte de seus ensinamentos místicos. Assim, é apenas uma maneira curta deles, provavelmente, ter aceitado o Credo de Nicéia, pois resume o todo o misticismo cristão.
As coisas acima mencionadas são de um mais mundano ou devo dizer natureza "intelectual". Um verdadeiro Místico procurará encontrar o acima mencionado também nos símbolos místicos da Mágica Sagrada da Luz. E, querido Leitor, eles estão lá em abundância.
Em primeiro lugar, a própria rosacruz é um emblema de Cristo. Nos ensinamentos, mais precisamente na iniciação 1 = 10 da Golden Dawn histórica, encontramos uma Frase, que tem um significado cabalístico profundo, é "o seu é o Reino, o Poder e a Glória, a Rosa de Sharon e o Lírio do vale, amém ". O "seu" inicial é o "Atah" hebraico que também pode ser traduzido para "arte de mil". Assim, Deus é referido nos atributos da frase, incluindo a Rosa. Agora, se Deus é a Rosa e a Rosa está na Cruz, há uma verdade simbólica atrás do Jesus Crucificado, pendurado na Cruz, assumindo os pecados do Mundo. Que este é, de fato, o caso que encontramos em outros antigos emblemas Rosacrucianos, onde é colocada acima da Rosa uma imagem do Cristo ressurreto e a palavra "EMANUEL" é escritas.
Em segundo lugar, o nome do chamado fundador da Ordem antiga, Christian Rosenkreutz, é, de fato, muitos já descobriram não o nome de um homem, mas o sagrado Lema de um Adepto de seu tempo. "CHRISTIANUS ROSAECRUCIS" como o nome seria transliterado em latim significa "Cristão da Rosa da Cruz". Então, claramente, o fundador professou em Seu lema de ser cristão e confessou que os ensinamentos de Sua Ordem se baseavam nos ensinamentos de Jesus Nazareno, que eles acreditavam ter sido a encarnação de Deus, o Grande e Poderoso.
Em terceiro lugar, nos antigos mistérios egípcios, o Culto em torno do assassinato e ascensão de Osíris, na Ascensão e retorno do Submundo por Mithras, Orfeu e Ulysses, pela morte e renascimento de Dioniso, etc, foram profetizados os principais dos mistérios da cruz do Calvário/Gólgota. No entanto, na literatura e na comunidade ocultistas de hoje, essas figuras são mais aceitas do que Jesus o Nazareno. Isso principalmente porque ele muitas vezes é considerado jovem demais para ser um arquétipo. O Evangelho Místico de João, no entanto, nos diz que Jesus estava lá desde o início "IN PRICIPIO ERAT VERBUM" João 1.1.
Concordamos que todos esses pontos podem ser alegados e que provavelmente serão. Que seja claro aqui, que os mistérios mais profundos de Jesus, o Nazareno, o Crucificado, nosso Senhor, não serão revelados por escrito, mas pelo praticante solitário de seu caminho sagrado, portanto, neste momento será o fim deste artigo.
Escrito por: V.H. Frater T.S.O.
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos
Original disponível em: http://goldendawnancientmysteryschool.com/jesus-true-rose-cross/
Sobre esta ordem muito é publicado, mas só muito pouco é verdadeiramente conhecido. Um dos principais emblemas dos Rosacruzes é o que os ocultistas modernos conhecem como Lamen Rosacruz. Não devemos discutir aqui como ele deve parecer e apenas publicaremos aqui a imagem regular e bem conhecida.
Mais discussões foram feitas nas suas partes traseiras. Por vezes, os recursos da Golden Dawn são bastante duvidosos e obtemos uma certa imagem do que estava escrito nas costas. Esses recursos derivam suas informações de um emblema, que data antes da fundação do Golden Golden Dawn original. Parece assim:
Mais antigo emblema da Golden Dawn |
Como podemos ver, nos leigos exibidos aqui é escrita a frase "MAGISTER JESUS CHRISTUS D ET H", a última parte que significa "DEUS ET HOMO", que traduz toda a frase para: "o Mestre Jesus Cristo, Deus e Homem" . Isso indica a resposta à pergunta no título deste artigo.
Outro ponto é dado na página de introdução da seção "Misticismo Cristão" deste site. Aqui é mencionado que, de acordo com o Fama Fraternitatis da Irmandade da Rosa-Cruz sobre o Sarcófago no centro da Cripta de Christian Rosenkreutz, está escrito "JESUS MIHI OMNIA". O Fama é muito mais antigo do que a Ordem Externa do Golden Dawn e esteve no momento da sua publicação em 1614, influenciou a comunidade oculta de seu tempo ao máximo. A frase citada acima indica que não se pretende o conceito de Cristo, nem a "consciência crística" moderna, mas o homem Jesus de Nazaré. Este homem que os antigos Rosacruzes sabiam, que ele era ambos, Deus e Homem. Assim, os Mistérios e Ensinamentos internos de sua Ordem foram baseados e centrados em torno de Jesus Cristo.
Se nós devemos acreditar, que o Golden Dawn nunca foi mais do que a Escola externa da verdadeira Ordem Rosacruz (mais tarde chamada RR e AC de Mathers), então temos que aceitar que não só a Ordem Rosacruz, mas também o Golden Dawn Eram ambos imperativamente cristãos.
No mesmo mencionado Sarcófago foram escritas outras frases, incluindo as mencionadas acima, havia cinco frases, uma delas sendo "LIBERTAS EVANGELII" "Liberdade dos Evangelhos". Assim, o antigo Rosacruz não só acreditou em Cristo, mas também no Evangelho, fazendo assim o Novo Testamento e, em última instância, toda a Bíblia faz parte de seus ensinamentos místicos. Assim, é apenas uma maneira curta deles, provavelmente, ter aceitado o Credo de Nicéia, pois resume o todo o misticismo cristão.
As coisas acima mencionadas são de um mais mundano ou devo dizer natureza "intelectual". Um verdadeiro Místico procurará encontrar o acima mencionado também nos símbolos místicos da Mágica Sagrada da Luz. E, querido Leitor, eles estão lá em abundância.
Em primeiro lugar, a própria rosacruz é um emblema de Cristo. Nos ensinamentos, mais precisamente na iniciação 1 = 10 da Golden Dawn histórica, encontramos uma Frase, que tem um significado cabalístico profundo, é "o seu é o Reino, o Poder e a Glória, a Rosa de Sharon e o Lírio do vale, amém ". O "seu" inicial é o "Atah" hebraico que também pode ser traduzido para "arte de mil". Assim, Deus é referido nos atributos da frase, incluindo a Rosa. Agora, se Deus é a Rosa e a Rosa está na Cruz, há uma verdade simbólica atrás do Jesus Crucificado, pendurado na Cruz, assumindo os pecados do Mundo. Que este é, de fato, o caso que encontramos em outros antigos emblemas Rosacrucianos, onde é colocada acima da Rosa uma imagem do Cristo ressurreto e a palavra "EMANUEL" é escritas.
Em segundo lugar, o nome do chamado fundador da Ordem antiga, Christian Rosenkreutz, é, de fato, muitos já descobriram não o nome de um homem, mas o sagrado Lema de um Adepto de seu tempo. "CHRISTIANUS ROSAECRUCIS" como o nome seria transliterado em latim significa "Cristão da Rosa da Cruz". Então, claramente, o fundador professou em Seu lema de ser cristão e confessou que os ensinamentos de Sua Ordem se baseavam nos ensinamentos de Jesus Nazareno, que eles acreditavam ter sido a encarnação de Deus, o Grande e Poderoso.
Em terceiro lugar, nos antigos mistérios egípcios, o Culto em torno do assassinato e ascensão de Osíris, na Ascensão e retorno do Submundo por Mithras, Orfeu e Ulysses, pela morte e renascimento de Dioniso, etc, foram profetizados os principais dos mistérios da cruz do Calvário/Gólgota. No entanto, na literatura e na comunidade ocultistas de hoje, essas figuras são mais aceitas do que Jesus o Nazareno. Isso principalmente porque ele muitas vezes é considerado jovem demais para ser um arquétipo. O Evangelho Místico de João, no entanto, nos diz que Jesus estava lá desde o início "IN PRICIPIO ERAT VERBUM" João 1.1.
Concordamos que todos esses pontos podem ser alegados e que provavelmente serão. Que seja claro aqui, que os mistérios mais profundos de Jesus, o Nazareno, o Crucificado, nosso Senhor, não serão revelados por escrito, mas pelo praticante solitário de seu caminho sagrado, portanto, neste momento será o fim deste artigo.
Escrito por: V.H. Frater T.S.O.
Traduzido por: Morôni Azevedo de Vasconcellos
Original disponível em: http://goldendawnancientmysteryschool.com/jesus-true-rose-cross/
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